OS NOSSOS ESCRITOS

TEXTOS AUTOBIOGRÁFICOS ELABORADOS PELAS ALUNAS DA DISCIPLINA
POESIA ELABORADA PELAS ALUNAS
POESIA, CONTOS E OUTROS TEXTOS TRABALHADOS NA AULA

quarta-feira, 11 de junho de 2014

AS JANELAS DO MEU QUARTO



Quando eu era menina, tinha um quarto com duas janelas, que hoje recordo com carinho.
Uma das janelas era virada para a igreja da minha freguesia e dela via o sino a badalar, quando havia missa e me dava sinal para eu chegar a horas.
A minha casa era perto da igreja.
A outra janela era virada para o nascer do sol, que alumiava o meu quarto!
Nessa janela ia poisar um passarinho, todas as manhãs e eu adorava acordar com o seu chilreio que para mim  já não era um passarinho , mas sim um companheiro; eu já sentia a sua falta se algum dia ele não me visitasse. Eu punha-lhe baguinhos de trigo no parapeito da janela que ele comia e também outros  companheiros, mas aquele passarinho eu já o identificava dos outros.
É assim que recordo as janelas do meu quarto.

Proposta de trabalho: As janelas da casa da minha infância

Graciete Bolota

OS SÁBADOS PELA MANHÃ

MERCADO DE ESTREMOZ - DESENHO DE LUIS ANÇÃ

Aos sábados a nossa praça
Conserva inda aquela graça
Gente a vender e a comprar,
Alguns de rostos tristonhos
Mas aqueles mais risonhos
Só vão p'ra regatear.

Ponha a fruta mais em conta,
Não vê que assim não encontra
alguém que a queira levar?
Os morangos têm defeitos
não os vê quase desfeitos?
Ninguém os pode tragar!

Na barraca das farturas
São sempre as mesmas torturas
Filas fartas de esperar
Dê-me a vez oh vizinho
Qu'ê só quero um bocadinho
p'ró cafezinho tomar!!

Tem graça que ainda há alguém
Que veste o melhor que tem
Como era tradição 
O sapatinho mais fino
A mala mais o cestinho
P'ra ir dar ao lambarão

Mas há muitas senhorinhas
Todas muito aprumadinhas
Provando aqui e além.
Não tomaram o cafézinho
Mas lá um belo almocinho
No papo elas já têm!!!


JUNHO 2014

LÚCIA CÓIAS

O XAILE DA MINHA AVÓ

Este xaile feito à mão
Foi minha Mãe quem mo deu
XAILE DE PÊLO DE CABRA
Usou-o a minha avó
Agora ... uso-o eu

Teceu-o a minha avó
Nas tardes de soalheira
Outras vezes ao serão
Ao calor d'uma lareira

Feito de pêlo de cabra
Este xaile bem quentinho
Minha  Mãe também o usou
Guardo-o com muito carinho

Junho 2014
Maria manuela Fidalgo Marques

Proposta de trabalho: escrever sobre um objecto de estimação

DIA DA ÁRVORE

Nesta tarde radiosa
Eu quis plantar uma Rosa
Que há muito eu desejei
Mas plantei um alecrim
Uma oliveira e um jasmim
Com isso me contentei

Mulheres, homens e crianças
Encheram a Mata de Esperanças
Plantando árvores singelas
E foi assim festejado
Este dia abençoado
Das árvores que são tão belas

Tudo ali era harmonia
Em cada rosto alegria
Ao cavar a terra dura
Que cada gotinha de água
Venha sarar uma mágoas
De quem ali deu ternura

Com este gesto tão nobre
A Mata ficou menos pobre
E haverá mais felicidades
Amemos as árvores então
Lembremo-nos de que elas são
O pulmão da Humanidade.



22/Março/2014 ( dia seguinte ao Dia da Árvore)

Lúcia Cóias

A AULA DA ZUZU

À quarta- feira
A meio do dia
De toda a maneira
Se ouve poesia!

Chegar atrasada
Mostrar alegria
E escrever uma quadra
Isto é poesia!

Ouvir ler um conto
Com grande empatia
Pôr vírgula e ponto
É compor poesia!

Mostrar o cachecol
Que fez a Maria
Admirar o Sol
Pode ser poesia!

Trazer um cházinho
Mas que simpatia!
Fazer um bolinho
Que bela poesia

Falar-se do tempo
Que viveu um dia
Ler um pensamento
É linda poesia

Puxar a cadeira
P'ró pé da Maria
É uma maneira
De se ouvir poesia

Arrastar os pés
Pode ser mania
Mas de quando em vez
Ela faz poesia

Não somos patetas
Temos valentia
Sem sermos poetas
Fazemos poesia

Se ninguém viesse
Algures um dia
E a Zuzu dissesse:
" JÁ NÃO HÁ POESIA!!"


26/03/2014
Lúcia Cóias

BOLO DE MERENGUE COM NOZES

7 claras
350g de açúcar
250g de miolo de noz
1/2 pacote de bolacha Maria
1c. chá farinha maizena

Bater as claras com o açúcar, juntar as nozes e a bolacha partida, juntar a maizena, envolver tudo.
Vai ao forno em forma forrada com papel vegetal. Vai a cozer muito lentamente.



BOM PROVEITO!!

FELISMINA TRINDADE

DIA DOS NAMORADOS

Vem a Estremoz meu amor
Encanto dos olhos meus
E abraça-me com calor
P'ra beijar os lábios teus

Não te vás embora ainda
Fica, dá-me mais um beijo
Em Estremoz cidade linda
Do meu querido Alentejo

Vem comigo festejar
O dia dos Namorados
Em Estremoz vamos ficar
P'ra todo o sempre ligados

Eu queria cantar um fado
Que pena, não tenho voz
Dou-te um beijo de bom grado
Na cidade de Estremoz

Oh! que momento tão belo
Meu amor, minha riqueza
Anda comigo ao Castelo
Namoramos com certeza

Fui a Estremoz em passeio
Achei-lhe graça tamanha
Meu barquinho de recreio
Contigo andei no Gadanha

Fica em Estremoz meu amor
Cidade que nos encanta
Nela viveu e morreu
A nossa Rainha Santa

Deste-me o teu coração
Em troca eu dei-te o meu
Foi grande a nossa paixão
Em Estremoz levei-te ao Céu

Tenho-te amor acredita
Não sejas tão fatalista
Em Estremoz cidade linda
Tu foste a minha conquista.


14 Fevereiro de 2014

Lúcia Cóias

QUADRAS

As quadras que vou fazer
Foram pensadas na cama
Fui para o duche a correr
Não fosse apagar-se a chama

Muito obrigada  Zuzu
Pelo incentivo que me deste
Por me teres posto a escrever
Embora isto nada preste

Quando é lançado o tema
Eu penso: Não vou fazer!!
Para acabar com o dilema
Ponho-me logo a escrever.

Eu já fazia umas rimas
Com versos de pé quebrado
Agora a escrever prosa
pouco me tinha dedicado.

E já estou preocupada
Com esta fúria a escrever
Sem cultura em Portugal
P´ro estrangeiro irei viver.

A GRANDE PERDA

A nossa casa, meu amor, a nossa casa
ficou ali, tão só e abandonada,
Como a ave que ao voar perdeu a asa
Assim me sinto eu desamparada

Parece que foi ontem, meu amor
No silêncio da santa noite estrelada
À tua espera com carinho e ardor
Que eu sentia os teus passos à chegada

De mãos dadas tu e eu tão pobrezinhos
Mas cá a riqueza de termos dois filhinhos
Dia a dia lá fomos labutando

Tão curto foi o caminho percorrido
Perdi-te para sempre meu querido
E agora vou sozinha mendigando

Poema escrito no Dia dos Namorados de 2014)
Lúcia Cóias


VISITA À EXPOSIÇÃO DE ISABEL ZAMITH

Gostei de tudo o que vi, mas mais de uns de que de outros; tirando da lista, o da ceifeira que não tinha a mais leve semelhança com as alentejanas.
Sinceramente, a minha preferência vai para todos os quadros que representam a nossa paisagem alentejana, principalmente, os que mostram os campos coloridos pela Natureza, os que mostram alguns montes ainda longínquos e alguns recantos de outros.
Enquanto frequentei ( por pouco tempo ) um curso de pintura, o meu interesse ia sempre para os montes alentejanos, e quando acabava de pintar um, lá estava eu a pintar um quadro com o mesmo tema.
Não há coisa mais linda que a planície alentejana na estação da primavera , com os seus diversos verdes salpicados do vermelho das papoilas, amarelo e branco dos malmequeres, lilás dos lírios e muitas outras cores.
Quem viaja pelo Alentejo nesta estação pode admirar os mais lindos quadros vivos que se podem imaginar. Se eu continuasse a pintar dedicar-me-ia à paisagem alentejana, que sempre me tem encantado.

Adélia Alves