OS NOSSOS ESCRITOS
TEXTOS AUTOBIOGRÁFICOS ELABORADOS PELAS ALUNAS DA DISCIPLINA
POESIA ELABORADA PELAS ALUNAS
POESIA, CONTOS E OUTROS TEXTOS TRABALHADOS NA AULA
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
O ORAL E O ESCRITO
O ORAL E O
ESCRITO
A LEITURA NÃO DEVE SER MAIS DO QUE UM EXERCÍCIO
PARA NOS OBRIGAR A PENSAR
Gibbon
QUANDO O HOMEM NÃO PROCURA O LIVRO … O LIVRO TEM
DE PROCURAR E INTERESSAR O HOMEM, PARA O SERVIR, QUER INSTRUINDO-O, QUER RECREANDO-O.
Azeredo Perdigão
ALGUNS MAL ENTENDIDOS, ALGUNS PROBLEMAS, QUE SE ATRIBUEM À MÁ VONTADE DO INTERLOCUTOR RESULTAM DE OUTRAS CAUSAS:
AQUELE QUE
NÃO OUVE BEM, CRÊ QUE O OUTRO NÃO SE EXPRESSA CLARAMENTE; AQUELE QUE OUVE BEM,
SUPÕE QUE O OUTRO NÃO QUER, DE PROPÓSITO, COMPREENDER O QUE SE DIZ.
UMA
TOMADA DE CONSCIÊNCIA DE POSSÍVEIS DEBILIDADES DA AUDIÇÃO É CERTAMENTE BENÉFICA PARA UM MELHOR ENTENDIMENTO NA COMUNICAÇÃO.
Gauquelin
Gauquelin
HÁ
COMUNICAÇÃO SEMPRE QUE, REAL OU POTENCIALMENTE, UM INDIVÍDUO AGE SOBRE O
COMPORTAMENTO DO OUTRO, ATRAVÉS DE UM ELEMENTO MATERIAL NO QUAL ELES
RECONHECEM, PELO MENOS PARCIALMENTE, O MESMO VALOR REAL.
J.Pohl
A ORALIDADE É A INTEGRAÇÃO DO
DISCURSO NA VOZ E NO CORPO.
AQUILO QUE É DITO E O TOM EM QUE
SE DIZ SÃO INSEPARÁVEIS E IGUALMENTE IMPORTANTES.
LER
É SABER VER E COMPREENDER;
LER
É FRUIR E RECRIAR
LER,
LER, LER, VIVER A VIDA QUE OUTROS SONHARAM.
Unamuno
O
POETA, POR DEFINIÇÃO, TRANSFIGURA, DÁ À CIRCUNSTÂNCIA UM VALOR UNIVERSAL E
PERMANENTE, TENDE A IMPERSONALIZAR SENTIMENTOS E EMOÇÕES.
Jacinto Prado Coelho
Um poema
Não tenhas medo,
ouve:
É um poema
Um misto de oração
e de feitiço…
Sem qualquer
compromisso,
Ouve-o
atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo ao
deitar,
Ao levantar,
Ou nas restantes
horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te
faz.
E pode acontecer
que te dê paz…
Miguel Torga
São como cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
Autopsicografia
O poeta é um
fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa, in
'Cancioneiro'
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
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