OS NOSSOS ESCRITOS

TEXTOS AUTOBIOGRÁFICOS ELABORADOS PELAS ALUNAS DA DISCIPLINA
POESIA ELABORADA PELAS ALUNAS
POESIA, CONTOS E OUTROS TEXTOS TRABALHADOS NA AULA

quarta-feira, 12 de março de 2014

EU FUI AO ALENTEJO











Eu fui ao Alentejo
E vi campos amarelos
Tão floridos e tão belos
E vi casas branquinhas
E amendoeiras com florinhas

Eu fui ao Alentejo
E vi rebanhos no seu torpor
Pastando nos campos em flor
E vi o pastor solitário
Pensando no seu pobre salário

Eu fui ao Alentejo
E vi o azul do céu intenso
E vi o campo imenso
E  vi as oliveiras de prata
Noa secura que mata


Eu fui ao Alentejo
E vim feliz e tranquila
E vim contente e apaixonada
E senti o desejo
De te dar um beijo


Zuzu

PINTAR A VIDA


Quem amar a natureza
Dá-lhe o valor que merece
Arte,sentido e beleza,
Numa tela transparece.

Aquela casinha ao fundo,
Naquele lindo recanto,
Cabia lá dentro o mundo
E ali não havia pranto.

Uma trepadeira florida
Nas cores do amor e da esperança!
Como é bom pintar a vida
E assim a paz se alcança

Aquele piso de xisto
Que mãos de artista ali pôs!
E depois de tudo isto, “Que lindo...” dizemos nós!

 Lúcia Cóias

Estremoz, 20/02/2013

quarta-feira, 5 de março de 2014

A VISITA À EXPOSIÇÃO


Fui ao centro cultural
Para ver a exposição
Vi tantos quadros belos
Pintados com perfeição


Vi uma porta pintada
Com cercadura de rosas
Vi paisagens do Alentejo
Bem bonitas e formosas


Aquela rosa amarela
Tão bonita e bem pintada
Deus abençoe a autora
Por ser tão prendada


Mas o quadro das hortenses
Foi para mim o preferido
Todas aquelas cores lindas
Para mim fazem sentido


As hortenses azuis
Vi-as pela vez primeira
Estavam em todos os jardins
Da bela ilha da Madeira


Tem as pedras como fundo
Como se fosse um suporte
Estas lindas flores existem
Desde o sul até ao norte


Eu queria ser pintora
Para poder pintar assim
Um belo quadro de hortenses
Que ficasse só para mim



A nossa linda cidade
Também devia ter flores
Fossem rosas, malmequeres

                                                                Manjericos ou amores.

Eglantina

A MINHA AMIGA DE INFÂNCIA


Era a minha colega de carteira na escola e também minha vizinha. Era morena e ainda a vejo com uma franja e um laço vermelho na cabeça e lá íamos para a escola com as nossas batas brancas. Ainda hoje não sei porque é que ela me chamava princesa, talvez fosse porque eu morava numa casa grande. Era com ela que eu jogava à china e saltava a corda.

Crescemos, cada uma de nós seguiu a sua própria vida. Eu fiquei sempre por aqui e a minha vida pouco mudou. Ela queria ser freira e foi para um convento, mas passado pouco tempo desistiu e tirou o curso de enfermeira. Estive anos sem a ver e sem saber nada da vida dela. Até que um belo dia, ia na rua quando ouvi: “Princesa como está a tua vida?!”

 Foi uma grande surpresa e lá pusemos a nossa vida em dia e matámos as nossas saudades e seguimos as nossas vidas até ao próximo encontro, que espero não demore muito para nosso belo prazer.