OS NOSSOS ESCRITOS

TEXTOS AUTOBIOGRÁFICOS ELABORADOS PELAS ALUNAS DA DISCIPLINA
POESIA ELABORADA PELAS ALUNAS
POESIA, CONTOS E OUTROS TEXTOS TRABALHADOS NA AULA

terça-feira, 5 de março de 2013

O GRITO


                                                               GRITO

O GRITO
Grito e gritarei as vezes que eu quizer

Por aqueles que têm fome e não têm pão

Grito,e gritarei quando puder

Por quem não pode suportar a solidão.

 

Grito, por quem sofre num leito de hospital

Sem alguém que lhe dê um carinho e atenção

Grito contra a força demoníaca do mal

 Pela falta de justiça e contra a corrupção.

 

Grito por aquele que desfalece a lutar 

E fica sem um tecto e sem abrigo

Grito, por quem os filhos não pode sustentar

E por aquele que se vê só, sem um amigo.

 

Grito, por aqueles que têm que emigrar

Deixando a Pátria que um dia os viu nascer

Grito porque levam o coração a sangrar

Deixando cá, os velhos pais a sofrer.

 
Grito, pelos idosos empurrados p’ra um lar

E vão esperando a morte em lentidão

Grito, porque em casa já não têm lugar

E o resto da vida vai ser só recordação.

 
Grito pelo nosso país sem solução

Pelo desemprego a pairar na sociedade

Grito, por aquele que chora com razão

Pelo ódio entre os povos, contra a desigualdade.

 
Grito, pela liberdade de expressão

Contra a ganância, contra a ânsia do poder

Grito, e gritarei do fundo do coração

Grito, e gritarei sempre, até morrer!

Poema de Lúcia Cóias          Fevereiro 2013

NÃO TE RENDAS MEU POVO


NÃO TE RENDAS MEU POVO

Não te rendas meu povo, não te rendas

Às mãos de quem te quer voltar a ver

Cativo e desgraçado não te vendas

Aqui, nada mais temos a vender

 

Não te cales meu povo, que a saudade

Já não pode roer dentro de nós

Se o teu punho constrói a liberdade

Levanta ainda mais a tua voz

 

Não te rendas meu povo, não te rendas

Já nos querem sós e divididos

Já nos querem fracos e calados

 

Não te rendas meu povo, não te rendas

Não te cales meu povo, não te cales

Quando nos quizerem já vencidos

Hão-de ter-nos de pé e perfilados

Não te rendas meu povo, não te rendas

 

Letra: Joaquim Pessoa

Música:João Fernando