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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O FILHO DA GALINHA VAIDOSA

Olá, sou o pintainho amarelo. Sou o segundo filho de uma ninhada de treze, porque as donas das galinhas não querem números pares vá-se lá saber porquê? Dizem que dá azar!
Mas eu cá estou e sou um pintainho feliz. A minha mãe traz-me sempre debaixo da asa e procura comida para mim  e para os meus irmãos. Quando encontra uma minhoca é uma festa: ela faz cócórócócó e nós vamos todos a correr. Um destes dias apanhei um susto, vi um tigre, e fui logo para o pé da minha mãe a chorar, mas ela disse-me: - " Não sejas parvo, aquilo é um gato, quando fores crescido é ele que tem medo de ti!"
Eu sou daqueles pintos pica no chão, não nasci numa incubadora, isso é para os frangos de supermercado que só comem ração e nunca vêem o sol, coitados!
Eu ando no campo com as outras galinhas e galos e quero crescer depressa para ter na cabeça um enfeite que parece borracha vermelha e está cheia de biquinhos, mas parece que isso demora uns seis meses, isso para mim é uma vida!. Também quero que as minhas penas sejam brilhantes, quero ficar um belo galo para ter muitas galinhas à minha volta, mas vou fugir com elas para não ter o destino do galo preto que partiu sem deixar rasto - acho que acabou numa bela tomatada.
Eu quero melhor destino para mim, quero viajar e as galinhas que tratem dos filhos que eu só me quero divertir. Vou ser um galo egoísta e com um grande par de esporões para me defender da raposa e brigar com outros galos que me queiram roubar as galinhas.
Isto de viver no campo é muito bom e todas as aves deviam viver assim!


Eglantina

A GALINHA VAIDOSA

Era branca e tinha a crista vermelha, bela como uma romã e uma belas meias amarelas. Era jovem e estava apaixonada pelo lindo galo preto de penas de veludo brilhante.
Pensou: - " Sou bonita e quero ter filhos com este galo!"
Passou a desprezar todos os galos da capoeira porque apenas aquele era o galo; cantava bem todas as melodias, era um cócórócócó a todas as horas do dia e da noite. Que maravilha de galo! Os outros galos bem queriam namorá-la, mas ela nada... O tempo foi passando e a galinha não casou, pois só queria aquele galo preto de penas amarelas no pescoço, mas ele só queria comer e cantar. Cada vez estava mais gordo ... que belos pintos daria!
Os outros galos bem lhe ofereciam milho e fruta boa, mas a galinha vaidosa não lhes ligava nenhuma.
Um dia... oh que susto! A dona entrou na capoeira com um objecto brilhante na mão e inspeccionou todos os galos. Pegou no galo preto que nunca mais voltou. Aquele projecto de belos pintos esfumou-se. Nunca teria filhos. Os galos já todos tinham namorada e ela ficou sozinha, pensando sempre no seu galo preto da crista vermelha, mas que nunca lhe ofereceu sequer um bago de milho, apenas lhe deixou a triste recordação do desprezo. E a galinha pensou: - " Fui parva, a beleza não é tudo na vida, os valores morais são muito mais importantes e o galo pedrês também não era assim tão feio e bem podia ter casado com ele...
Mas o galo preto é que era o amor da sua vida!!"

Eglantina