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sábado, 6 de setembro de 2014

AS MINHAS FÉRIAS DE SONHO

A férias associo sempre viagens e todas me encantam - conhecer pessoas e lugares é para mim o supremo dos prazeres. 
Há, contudo, uma que foi um deslumbramento. Quando me reformei, fui à Índia e estive lá mais de um mês. Gente maravilhosa, um mundo que não podemos aferir com os nossos critérios de ocidentais, mas que me fascinou. A nível social contrastes gritantes, não tanto no Estado de Goa, mas noutros pontos da Índia que visitei. Nova Deli e Bombaim chocam um bocado. Sobretudo em Bombaim havia, na altura, 2 milhões de pessoas a viverem praticamente nas rua, nos passeios junto ao hotel mais luxuoso de Bombaim dormiam centenas de pessoas. Comparado com os outros Estados da União Indiana Goa é um paraíso. Nunca esquecerei o pôr-do-sol no Indico, as cores das redes de pesca - azul, anil, laranja, rosa- redes lançadas ao mar e depois puxadas com um esforço enorme e nós a vermos surgirem do mar aquelas cores maravilhosas, só rede, só rede, e lá no meio daquele extensão toda, meia dúzia de peixes que alegravam os olhos daqueles pescadores como se fosse um tesouro.
As feiras são outro mundo que não esquecerei nunca - os cheiros, todas as bugigangas, o sorriso dos vendedores. Estar na praia, e aproximarem-se lentamente uma ou mais vacas, numa comunhão perfeita com todo o ambiente.
Parte da minha estadia foi num aparthotel e outra na casa de uma grande amiga minha que recordo com muita saudade ( pensei sempre voltar à India, mas infelizmente a minha amiga Vera deixou-nos e agora dificilmente lá voltarei )
Em casa da Vera tudo era um deslumbramento, desde os vizinhos que nos tratavam como se fossemos de família, pequenos almoços fabulosos com papaia colhida no quintal da Vera ( nunca mais comi papaias tão saborosas!...) (...) os macacos, para grande arrelia da Vera, pois partiam as telhas do telhado...
Há também um episódio que não posso deixar de relatar e que diz muito da maneira de ser daquele povo. Ao longo de uma semana, tomámos regularmente um autocarro às 6 horas da amanhã num cais em Pangim, e todas as manhãs lá encontrávamos uma rapariga lindissima, de sari de cores lindas, a jogar à bola com os filhos, três miúdos lindos. Achando estranho a hora da brincadeira às 6 horas da manhã, comentei com alguém e fiquei a saber que eram sem abrigo, dormiam ali, acordavam cedo e brincavam alegremente como se vivessem num belo palácio...