OS NOSSOS ESCRITOS

TEXTOS AUTOBIOGRÁFICOS ELABORADOS PELAS ALUNAS DA DISCIPLINA
POESIA ELABORADA PELAS ALUNAS
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Fernando Pessoa - Documentário.

Fernando Pessoa por Joao Villaret- O Poeta è um Fingidor

autopsicografia

Via Poética - Fernando Pessoa - "Autopsicografia"

Mísia - Autopsicografia - no Porto Alegre em Cena

O ORAL E O ESCRITO




O ORAL E O ESCRITO

A LEITURA NÃO DEVE SER MAIS DO QUE UM EXERCÍCIO PARA NOS OBRIGAR A PENSAR
                            Gibbon

QUANDO O HOMEM NÃO PROCURA O LIVRO … O LIVRO TEM DE PROCURAR E INTERESSAR O HOMEM, PARA O SERVIR, QUER INSTRUINDO-O, QUER RECREANDO-O.
                   Azeredo Perdigão

ALGUNS MAL ENTENDIDOS, ALGUNS PROBLEMAS, QUE SE ATRIBUEM À MÁ VONTADE DO INTERLOCUTOR RESULTAM DE OUTRAS CAUSAS:
AQUELE QUE NÃO OUVE BEM, CRÊ QUE O OUTRO NÃO SE EXPRESSA CLARAMENTE; AQUELE QUE OUVE BEM, SUPÕE QUE O OUTRO NÃO QUER, DE PROPÓSITO, COMPREENDER O QUE SE DIZ.
UMA TOMADA DE CONSCIÊNCIA DE POSSÍVEIS DEBILIDADES DA AUDIÇÃO É CERTAMENTE BENÉFICA PARA UM MELHOR ENTENDIMENTO NA COMUNICAÇÃO. 
Gauquelin



HÁ COMUNICAÇÃO SEMPRE QUE, REAL OU POTENCIALMENTE, UM INDIVÍDUO AGE SOBRE O COMPORTAMENTO DO OUTRO, ATRAVÉS DE UM ELEMENTO MATERIAL NO QUAL ELES RECONHECEM, PELO MENOS PARCIALMENTE, O MESMO VALOR REAL.
                                                                      J.Pohl

A ORALIDADE É A INTEGRAÇÃO DO DISCURSO NA VOZ E NO CORPO.
AQUILO QUE É DITO E O TOM EM QUE SE DIZ SÃO INSEPARÁVEIS E IGUALMENTE IMPORTANTES.

LER É SABER VER E COMPREENDER;
LER É FRUIR E RECRIAR

LER, LER, LER, VIVER A VIDA QUE OUTROS SONHARAM.
                                         Unamuno

O POETA, POR DEFINIÇÃO, TRANSFIGURA, DÁ À CIRCUNSTÂNCIA UM VALOR UNIVERSAL E PERMANENTE, TENDE A IMPERSONALIZAR SENTIMENTOS E EMOÇÕES.
                                                                 Jacinto Prado Coelho
Um poema
Não tenhas medo, ouve:
É um poema
Um misto de oração e de feitiço…
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo ao deitar,
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz…
                Miguel Torga

São como cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
 
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
 
cruéis, desfeitas,
 
nas suas conchas puras?
 
 
Eugénio de Andrade


Autopsicografia
O poeta é um fingidor.  Finge tão completamente  Que chega a fingir que é dor  A dor que deveras sente.  E os que lêem o que escreve,  Na dor lida sentem bem,  Não as duas que ele teve,  Mas só a que eles não têm.  E assim nas calhas de roda  Gira, a entreter a razão,  Esse comboio de corda  Que se chama coração.  Fernando Pessoa, in 'Cancioneiro'