OS NOSSOS ESCRITOS

TEXTOS AUTOBIOGRÁFICOS ELABORADOS PELAS ALUNAS DA DISCIPLINA
POESIA ELABORADA PELAS ALUNAS
POESIA, CONTOS E OUTROS TEXTOS TRABALHADOS NA AULA

quarta-feira, 11 de junho de 2014

O XAILE DA MINHA AVÓ

Este xaile feito à mão
Foi minha Mãe quem mo deu
XAILE DE PÊLO DE CABRA
Usou-o a minha avó
Agora ... uso-o eu

Teceu-o a minha avó
Nas tardes de soalheira
Outras vezes ao serão
Ao calor d'uma lareira

Feito de pêlo de cabra
Este xaile bem quentinho
Minha  Mãe também o usou
Guardo-o com muito carinho

Junho 2014
Maria manuela Fidalgo Marques

Proposta de trabalho: escrever sobre um objecto de estimação

DIA DA ÁRVORE

Nesta tarde radiosa
Eu quis plantar uma Rosa
Que há muito eu desejei
Mas plantei um alecrim
Uma oliveira e um jasmim
Com isso me contentei

Mulheres, homens e crianças
Encheram a Mata de Esperanças
Plantando árvores singelas
E foi assim festejado
Este dia abençoado
Das árvores que são tão belas

Tudo ali era harmonia
Em cada rosto alegria
Ao cavar a terra dura
Que cada gotinha de água
Venha sarar uma mágoas
De quem ali deu ternura

Com este gesto tão nobre
A Mata ficou menos pobre
E haverá mais felicidades
Amemos as árvores então
Lembremo-nos de que elas são
O pulmão da Humanidade.



22/Março/2014 ( dia seguinte ao Dia da Árvore)

Lúcia Cóias

A AULA DA ZUZU

À quarta- feira
A meio do dia
De toda a maneira
Se ouve poesia!

Chegar atrasada
Mostrar alegria
E escrever uma quadra
Isto é poesia!

Ouvir ler um conto
Com grande empatia
Pôr vírgula e ponto
É compor poesia!

Mostrar o cachecol
Que fez a Maria
Admirar o Sol
Pode ser poesia!

Trazer um cházinho
Mas que simpatia!
Fazer um bolinho
Que bela poesia

Falar-se do tempo
Que viveu um dia
Ler um pensamento
É linda poesia

Puxar a cadeira
P'ró pé da Maria
É uma maneira
De se ouvir poesia

Arrastar os pés
Pode ser mania
Mas de quando em vez
Ela faz poesia

Não somos patetas
Temos valentia
Sem sermos poetas
Fazemos poesia

Se ninguém viesse
Algures um dia
E a Zuzu dissesse:
" JÁ NÃO HÁ POESIA!!"


26/03/2014
Lúcia Cóias

BOLO DE MERENGUE COM NOZES

7 claras
350g de açúcar
250g de miolo de noz
1/2 pacote de bolacha Maria
1c. chá farinha maizena

Bater as claras com o açúcar, juntar as nozes e a bolacha partida, juntar a maizena, envolver tudo.
Vai ao forno em forma forrada com papel vegetal. Vai a cozer muito lentamente.



BOM PROVEITO!!

FELISMINA TRINDADE

DIA DOS NAMORADOS

Vem a Estremoz meu amor
Encanto dos olhos meus
E abraça-me com calor
P'ra beijar os lábios teus

Não te vás embora ainda
Fica, dá-me mais um beijo
Em Estremoz cidade linda
Do meu querido Alentejo

Vem comigo festejar
O dia dos Namorados
Em Estremoz vamos ficar
P'ra todo o sempre ligados

Eu queria cantar um fado
Que pena, não tenho voz
Dou-te um beijo de bom grado
Na cidade de Estremoz

Oh! que momento tão belo
Meu amor, minha riqueza
Anda comigo ao Castelo
Namoramos com certeza

Fui a Estremoz em passeio
Achei-lhe graça tamanha
Meu barquinho de recreio
Contigo andei no Gadanha

Fica em Estremoz meu amor
Cidade que nos encanta
Nela viveu e morreu
A nossa Rainha Santa

Deste-me o teu coração
Em troca eu dei-te o meu
Foi grande a nossa paixão
Em Estremoz levei-te ao Céu

Tenho-te amor acredita
Não sejas tão fatalista
Em Estremoz cidade linda
Tu foste a minha conquista.


14 Fevereiro de 2014

Lúcia Cóias

QUADRAS

As quadras que vou fazer
Foram pensadas na cama
Fui para o duche a correr
Não fosse apagar-se a chama

Muito obrigada  Zuzu
Pelo incentivo que me deste
Por me teres posto a escrever
Embora isto nada preste

Quando é lançado o tema
Eu penso: Não vou fazer!!
Para acabar com o dilema
Ponho-me logo a escrever.

Eu já fazia umas rimas
Com versos de pé quebrado
Agora a escrever prosa
pouco me tinha dedicado.

E já estou preocupada
Com esta fúria a escrever
Sem cultura em Portugal
P´ro estrangeiro irei viver.

A GRANDE PERDA

A nossa casa, meu amor, a nossa casa
ficou ali, tão só e abandonada,
Como a ave que ao voar perdeu a asa
Assim me sinto eu desamparada

Parece que foi ontem, meu amor
No silêncio da santa noite estrelada
À tua espera com carinho e ardor
Que eu sentia os teus passos à chegada

De mãos dadas tu e eu tão pobrezinhos
Mas cá a riqueza de termos dois filhinhos
Dia a dia lá fomos labutando

Tão curto foi o caminho percorrido
Perdi-te para sempre meu querido
E agora vou sozinha mendigando

Poema escrito no Dia dos Namorados de 2014)
Lúcia Cóias


VISITA À EXPOSIÇÃO DE ISABEL ZAMITH

Gostei de tudo o que vi, mas mais de uns de que de outros; tirando da lista, o da ceifeira que não tinha a mais leve semelhança com as alentejanas.
Sinceramente, a minha preferência vai para todos os quadros que representam a nossa paisagem alentejana, principalmente, os que mostram os campos coloridos pela Natureza, os que mostram alguns montes ainda longínquos e alguns recantos de outros.
Enquanto frequentei ( por pouco tempo ) um curso de pintura, o meu interesse ia sempre para os montes alentejanos, e quando acabava de pintar um, lá estava eu a pintar um quadro com o mesmo tema.
Não há coisa mais linda que a planície alentejana na estação da primavera , com os seus diversos verdes salpicados do vermelho das papoilas, amarelo e branco dos malmequeres, lilás dos lírios e muitas outras cores.
Quem viaja pelo Alentejo nesta estação pode admirar os mais lindos quadros vivos que se podem imaginar. Se eu continuasse a pintar dedicar-me-ia à paisagem alentejana, que sempre me tem encantado.

Adélia Alves 


domingo, 8 de junho de 2014

O CRISTO CARCOMIDO



Tenho um Cristo muito antigo, 
de madeira carcomida 
foi encontrado na rua 
faz parte da minha vida

Encontrou - O minha avó 
quando na rua passou 
e vendo o Cristo na cruz 
com carinho O apanhou

E o meu Cristo de rua 
de madeira já pintada
vive agora em minha casa 
numa mesa à entrada


E peço ao Cristo de rua 
pra mitigar nossas dores 
tenho sempre junto a Ele 
uma jarra com flores.

Manuela Fidalgo Marques

LINDO


Quando nasci, era preto.
Quando cresci, era preto.
Quando pego sol, fico preto.
Quando sinto frio, continuo preto.
Quando estou assustado, também fico preto.
Quando estou doente, preto.
E, quando eu morrer continuarei preto !
E tu, cara branco.
Quando nasce, é rosa.
Quando cresce, é branco.
Quando pega sol, fica vermelho.
Quando sente frio, fica roxo.
Quando se assusta, fica amarelo.
Quando está doente, fica verde.
Quando morrer, ficará cinzento.
E vem me chamar de homem de cor ?
(Escrito por uma criança Angolana)