Era a minha colega de carteira na
escola e também minha vizinha. Era morena e ainda a vejo com uma franja e um
laço vermelho na cabeça e lá íamos para a escola com as nossas batas brancas.
Ainda hoje não sei porque é que ela me chamava princesa, talvez fosse porque eu
morava numa casa grande. Era com ela que eu jogava à china e saltava a corda.
Crescemos, cada uma de nós seguiu a sua própria vida. Eu fiquei sempre por aqui e a minha vida pouco mudou. Ela queria ser freira e foi para um convento, mas passado pouco tempo desistiu e tirou o curso de enfermeira. Estive anos sem a ver e sem saber nada da vida dela. Até que um belo dia, ia na rua quando ouvi: “Princesa como está a tua vida?!”
Foi uma grande surpresa e lá pusemos a nossa
vida em dia e matámos as nossas saudades e seguimos as nossas vidas até ao
próximo encontro, que espero não demore muito para nosso belo prazer.
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