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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

SEBASTIÃO DA GAMA



Sebastião da Gama foi um grande amigo que passou pela minha vida e me marcou muito.
Veio para Estremoz ainda novo, para ser professor e deixou marca em todos os seus alunos. Todos o recordam com muita saudade.
Equanto esteve nesta cidade, pertenceu a um grupo de amigos do qual faziam parte o meu irmão Anibal, o Vermelho, o meu marido Jacinto  e Armando Carmelo, entre outros.
Muitas vezes,  me emprestou livros que depois de lidos, eu tinha que comentar com ele.
Foi das primeiras pessoas a despertarem em mim o gosto pela poesia que ainda hoje perdura. Depois de casado para aqui veio viver. Recordo o convite ou participação de casamento  completamente fora do que era habitual e que, ainda hoje não sei como se extraviou.
Sebastião da Gama sofria de uma tuberculose renal que o levou bem cedo.  Estava eu, numa aula no Magistério  em Évora e tinha levado um exemplar dos Brados do Alentejo que ainda não tinha aberto.
Enquanto a professora dava a aula e estava distraída eu abri o jornal e logo na primeira página ao lado do retrato do meu amigo a notícia da sua morte.
Difícil é explicar o que senti. Cairam-me as lágrimas e foi o primeiro grande desgosto da minha vida.

Nasceu em Lisboa no dia 10 de Abril de 1924 e faleceu no dia 7 de Fevereiro de 1952
Texto escrito por Maria Helena Alves   
Academia Sénior de Estremoz   Outubro de 2012

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