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terça-feira, 12 de novembro de 2013

S. MARTINHO

S. Martinho




SÃO MARTINHO

Em França, a expressão "Verão de S. Martinho" é associada ao facto milagroso de terem florido as plantas, reverdecido as árvores e os pássaros terem começado a cantar, à passagem do corpo do Santo, levado de barco de Candes , onde falecera aos 81 anos, para Tours onde foi enterrado.
Relembrando esse episódio existe até "O Caminho do Verão de São Martinho"- "Le Chemin de l'Été de la Saint Martin"  

São Martinho é também santo patrono dos alfaiates, dos cavaleiros, dos pedintes, dos restauradores (hoteis, pensões, restaurantes), dos produtores de vinho e dos alcoólicos reformados, dos soldados... dos cavalos, dos gansos, e orago de uma série infindável de localidades de Beli Benastir, na Croácia, a Buenos Aires, na Argentina , passando, evidentemente, por numerosíssimas sítios de Norte a Sul de Portugal. 
Acerca do assunto, escreve o conceituado etnólogo Ernesto Veiga de Oliveira (1910-1990) o seguinte: «O S. Martinho, como o dia de Todos os Santos, é também uma ocasião de magustos, o que parece relacioná-lo originariamente com o culto dos mortos (como as celebrações de Todos os Santos e Fiéis Defuntos). Mas ele é hoje sobretudo a festa do vinho, a data em que se inaugura o vinho novo, se atestam as pipas, celebrada em muitas partes com procissões de bêbados de licenciosidade autorizada, parodiando cortejos religiosos em versão báquica, que entram nas adegas, bebem e brincam livremente e são a glorificação das figuras destacadas da bebedice local constituída em burlescas irmandades. Por vezes uma dos homens, outra das mulheres, em alguns casos a celebração fracciona-se em dois dias: o de S. Martinho para os homens e o de Santa Bebiana para as mulheres (Beira Baixa). As pessoas dão aos festeiros,  vinho e castanhas. O S. Martinho é também ocasião de matança de porco.» (in As Festas. Passeio pelo calendário, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987)

Lenda de S. Martinho
Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar de Itália para a sua terra, algures em França.
Num dia frio e tempestuoso de outono, montado no seu cavalo, estava a passar por um caminho, para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito frio, vento e mau tempo. Martinho estava agasalhado para aquela época: usava uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.
De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, um mendigo,  vestido com roupas muito velhas e rotas, cheio de fome e de frio, que lhe pediu uma esmola.
Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre. Mais adiante, encontrou outro pobre homem cheio de frio e ofereceu-lhe a outra metade da capa. Sem agazalho continuou a sua viagem ao frio e ao vento. De repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão! Os raios de Sol começaram a aquecer a terra e o bom tempo prolongou-se por cerca de três dias. Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom.
É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, no dia 11 de Novembro,  mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.
http://smartinho.blogspot.pt/2006/11/o-dia-de-s-martinho-comemoraes-e.html






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